quinta-feira, 30 de junho de 2016

SETIMO ANO - BIOMAS BRASILEIROS E DOMINIOS MORFOCLIMATICOS









Bioma é um conjunto de espécies de plantas e animais que vivem em determinada região. Cada bioma tem fauna e flora específicas que são definidas pelas condições físicas, climáticas, geográficas e litológicas (das rochas). Ou seja, cada bioma tem uma diversidade biológica singular, própria.

No Brasil, temos seis biomas:

Amazônia ,Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica ,Pampa e Pantanal .


Amazônia



A Amazônia é quase mítica: um verde e vasto mundo de águas e florestas, onde as copas de árvores imensas escondem o úmido nascimento, reprodução e morte de mais de um-terço das espécies que vivem sobre a Terra.






Os números são igualmente monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2 (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do mundo. Seus recursos naturais – que, além da madeira, incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, por exemplo – representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural.

Toda essa grandeza não esconde a fragilidade do escossistema local, porém. A floresta vive a partir de seu próprio material orgânico, e seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a quaisquer interferências. Os danos causados pela ação antrópica são muitas vezes irreversíveis.

Ademais, a riqueza natural da Amazônia se contrapõe dramaticamente aos baixos índices sócio-economicos da região, de baixa densidade demográfica e crescente urbanização. Desta forma, o uso dos recursos florestais é estratégico para o desenvolvimento da região.

Caatinga

A caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Rico em biodiversidade, o bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. 



Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver. A caatinga tem um imenso potencial para a conservação de serviços ambientais, uso sustentável e bioprospecção que, se bem explorado, será decisivo para o desenvolvimento da região e do país. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.

Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
Cerrado

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km2, cerca de 22% do território nacional. A sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade.


Considerado como um hotspots mundiais de biodiversidade, o Cerrado apresenta extrema abundância de espécies endêmicas e sofre uma excepcional perda de habitat. Do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. Existe uma grande diversidade de habitats, que determinam uma notável alternância de espécies entre diferentes fitofisionomias. Cerca de 199 espécies de mamíferos são conhecidas, e a rica avifauna compreende cerca de 837 espécies. Os números de peixes (1200 espécies), répteis (180 espécies) e anfíbios (150 espécies) são elevados. O número de peixes endêmicos não é conhecido, porém os valores são bastante altos para anfíbios e répteis: 28% e 17%, respectivamente. De acordo com estimativas recentes, o Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos.

Além dos aspectos ambientais, o Cerrado tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade. Mais de 220 espécies têm uso medicinal e mais 416 podem ser usadas na recuperação de solos degradados, como barreiras contra o vento, proteção contra a erosão, ou para criar habitat de predadores naturais de pragas. Mais de 10 tipos de frutos comestíveis são regularmente consumidos pela população local e vendidos nos centros urbanos, como os frutos do Pequi (Caryocar brasiliense), Buriti (Mauritia flexuosa), Mangaba (Hancornia speciosa), Cagaita (Eugenia dysenterica), Bacupari (Salacia crassifolia), Cajuzinho do cerrado (Anacardium humile), Araticum (Annona crassifolia) e as sementes do Barú (Dipteryx alata).

Contudo, inúmeras espécies de plantas e animais correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais que ocorrem no Cerrado estão ameaçadas de extinção. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para a abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Nas três últimas décadas, o Cerrado vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão.

Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, de todos os hotspots mundiais, o Cerrado é o que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. O Bioma apresenta 8,21% de seu território legalmente protegido por unidades de conservação; desse total, 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% de unidades de conservação de uso sustentável, incluindo RPPNs (0,07%).


Mata Atlântica

A Mata Atlântica é formada por um conjunto de formações florestais (Florestas: Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Estacional Semidecidual, Estacional Decidual e Ombrófila Aberta) e ecossistemas associados como as restingas, manguezais e campos de altitude, que se estendiam originalmente por aproximadamente 1.300.000 km2 em 17 estados do território brasileiro. Hoje os remanescentes de vegetação nativa estão reduzidos a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. 


Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Essa riqueza é maior que a de alguns continentes (17.000 espécies na América do Norte e 12.500 na Europa) e por isso a região da Mata Atlântica é altamente prioritária para a conservação da biodiversidade mundial. Em relação à fauna, os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes.

Além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, tem importância vital para aproximadamente 120 milhões de brasileiros que vivem em seu domínio, onde são gerados aproximadamente 70% do PIB brasileiro, prestando importantíssimos serviços ambientais. Regula o fluxo dos mananciais hídricos, assegura a fertilidade do solo, suas paisagens oferecem belezas cênicas, controla o equilíbrio climático e protege escarpas e encostas das serras, além de preservar um patrimônio histórico e cultural imenso. Neste contexto, as áreas protegidas, como as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, são fundamentais para a manutenção de amostras representativas e viáveis da diversidade biológica e cultural da Mata Atlântica.

Pampa


O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, onde ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território brasileiro. As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc.






Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras). Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo (Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.



A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero (Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius rufus), o sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres). Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico, com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus atroluteus) e algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde (Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003).

Trata-se de um patrimônio natural, genético e cultural de importância nacional e global. Também é no Pampa que fica a maior parte do aquífero Guarani.

Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos tem sido a principal atividade econômica da região. Além de proporcionar resultados econômicos importantes, tem permitido a conservação dos campos e ensejado o desenvolvimento de uma cultura mestiça singular, de caráter transnacional representada pela figura do gaúcho.

A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do Pampa. Estimativas de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em 2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA, 2010).


Pantanal

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. Este bioma continental é considerado o de menor extensão territorial no Brasil, entretanto este dado em nada desmerece a exuberante riqueza que o referente bioma abriga. A sua área aproximada é 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro. Em seu espaço territorial o bioma, que é uma planície aluvial, é influenciado por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai. O Pantanal sofre influência direta de três importantes biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso sofre influencia do bioma Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia).


O bioma Pantanal mantêm 86,77% de sua cobertura vegetal nativa. A vegetação não florestal (savana [cerrado], savana estéptica [chaco], formações pioneiras e áreas de tensão ecológica ou contatos florísticos [ecótonos e encraves]) é predominante em 81,70% do bioma. Desses, 52,60% são cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição ecológica ou ecótonos. Os tipos de vegetação florestais (floresta estacional semi-decidual e floresta estacional decidual) representam 5,07% do Pantanal. A maior parte dos 11,54% do bioma alterados por ação antrópica é utilizada para a criação extensiva de gado em pastos plantados (10,92%); apenas 0,26% é usado para lavoura.

Uma característica interessante desse bioma é que muitas espécies ameaçadas em outras regiões do Brasil persistem em populações avantajadas na região, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal. Estudos indicam que o bioma abriga os seguintes números de espécies catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal.

Apesar de sua beleza natural exuberante o bioma vem sendo muito impactado pela ação humana, principalmente pela atividade agropecuária, especialmente nas áreas de planalto adjacentes do bioma.

Assim como a fauna e flora da região são admiráveis, há de se destacar a rica presença das comunidades tradicionais como as indígenas, quilombolas, os coletores de iscas ao longo do Rio Paraguai, comunidade Amolar e Paraguai Mirim, dentre outras. No decorrer dos anos essas comunidades influenciaram diretamente na formação cultural da população pantaneira.


                       DOMINIO MORFOCLIMATICO BRASILEIRO 


Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza – relevo, clima, vegetação – que se inter-relacionam e interagem, formando uma unidade paisagística.
No Brasil, o geógrafo Aziz Ab’Saber foi o responsável por fazer essa classificação. Para ele, o país possui seis grandes domínios morfoclimáticos:
Domínio Equatorial Amazônico:situado na região Norte do Brasil, é formado, em sua maior parte, por terras baixas, predominando o processo de sedimentação, com um clima e floresta equatorial.
Domínio dos Cerrados: localizado na porção central do território brasileiro, há um predomínio de chapadões, com a vegetação predominante do Cerrado.
Domínio dos Mares de Morros: situa-se na zona costeira atlântica brasileira, onde predomina o relevo de mares de morros e alguns chapadões florestados, como também a quase extinta Mata Atlântica.
Domínio das Caatingas: localiza-se no nordeste brasileiro, no conhecido polígono das secas, caracterizado por depressões interplanálticas semiáridas.
Domínio das Araucárias: encontra-se no Sul do país, com predomínio de planaltos e formação de araucárias.
Domínio das Pradarias: também conhecido como domínio das coxilhas (relevo com suaves ondulações), situa-se no extremo Sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, com predominância da formação dos pampas e das pradarias.


Entre os seis domínios morfoclimáticos existem as faixas de transições. Nessas faixas são encontradas características de dois ou mais domínios morfoclimáticos. Algumas conhecidas são o Pantanal, o Agreste e os Cocais.

          
VIDEO PARA ENTENDER BIOMAS - DOMINIO MORFOCLIMATICO E VEGETAÇÃO







TEXTO E VIDEO PARA 0 SEXTO ANO ( REF. CAP. 4 . - FORMAÇÃO DA TERRA - LIVRO DIDÁTICO )

A formação do planeta terra e características geográficas gerais: o homem na imensidão do universo



O homem moderno surgiu no planeta Terra há cerca de apenas 200.000 anos, enquanto seu ancestral mais próximo apareceu há 400.000 anos.
Quase nada quando comparado com a história da formação do planeta terra e menos ainda em relação ao surgimento do sistema solar ou do universo conhecido.
Refletir sobre estas questões nos mostra o quanto somos pequenos diante de tudo que existe.
Porém, continuamos a destruir a natureza e tratar nosso próximo com desdém.
A solução é olhar para fora de nós mesmos e quem sabe, assim, voltar a olhar para dentro, fazendo uma reflexão mais aprofundada para mudar o mundo a partir do “eu”.
A formação do sistema solar.
Segundo a teoria mais aceita, o universo surgiu através do “Big Bang”, por volta de 13 bilhões de anos atrás.


Quando uma massa em estado extremamente denso e quente, o chamado “átomo primordial”, começou a se expandir, afastando os objetos continuamente, movimento que persiste até hoje.

UM FILME PARA EXPLICAR TUDO COMO A                           TERRA SE FORMOU ... 

           

Um conceito que cria um paradoxo, pois se o universo se expande no tempo e espaço, porque antes era imutável.
O que então teria criado um desequilíbrio em meio a uma massa estática?
Para responder esta questão, uma teoria mais recente diz que o universo nunca foi estático, sempre esteve em expansão.
Acontece que passa a impressão de ter sido imutável devido à limitação do que os telescópios permitem observar.
Neste sentido, haveria universos paralelos, com múltiplas realidades.
Outra teoria diz que antes o universo era vasto e foi encolhendo até se tornar o átomo primordial, agora está se expandindo e um dia voltara a diminuir até chegar novamente a uma massa densa e quente.
O sistema solar.
Segundo medições recentes, o sistema solar começou a se formar há 5 bilhões de anos.
No entanto, durante a maior parte da história da humanidade, o sol, na verdade uma estrela dentre 750 bilhões presentes apenas na Galáxia da Via Láctea, não considerado o centro do sistema de astros que inclui o planeta Terra.
A observação a olho nu dá a impressão que todos os astros giram em torno da Terra.
Uma impressão confirmada teoricamente pelo filosofo, matemático e astrônomo grego Claudius Ptolomeu, no século II d.C., através da teoria do universo geocêntrico, também chamado geocentrismo.
Embora o filósofo e astrônomo grego Aristarco de Samos, no século III a.C., tivesse proposta a teoria do sol como centro, com a Terra efetuando movimentos de translação ao redor da estrela e de rotação em seu próprio eixo, no sentido anti-horário.
Na realidade, o geocentrismo acabou atendendo os interesses teológicos do cristianismo, ratificando que o homem era o centro da criação divina e que, portanto, sua morada, o planeta terra, seria o centro do universo.
Assim, negar o geocentrismo, por séculos, passou a significar questionar a existência de Deus, já que iria contra as palavras da Bíblia.
Somente nos século XVI o geocentrismo seria colocado em duvida pela teria heliocêntrica de Nicolau Copérnico, prussiano de nascimento, mas criado na Polônia e Itália.
Segundo o heliocentrismo, o sol seria o centro de um sistema de astros, dentre inúmeros outros sistemas estelares.
Uma teoria que na época foi aceita como possibilidade por grande parte do clero, mas que foi desacreditada pelos homens de ciência, já que Copérnico não tinha provas matemáticas ou astronômicas além de suas observações a olho nu.
No século XVII, foi Galileu Galilei que provou a teoria heliocêntrica, através de cálculos e do uso do telescópio.
Porém, ele foi processado pela Inquisição e forçado a negar suas teorias para escapar da fogueira.
Segundo consta, ao negar o heliocentrismo, teria pronunciado: “nego, contudo a terra se move”.
O heliocentrismo só foi aceito após os estudos de Johannes Kepler no século XVII e Isaac Newton no século XVIII.
Seja como for, o sistema solar é composto tradicionalmente por nove planetas (1.Mercúrio, 2.Vênus, 3.Terra, 4. Marte, 5.Júpiter, 6.Saturno, 7.Urano, 8. Neptuno e 9. Plutão).
Isto porque em 2005 foi descoberto um décimo planeta, Eris, gravitando apara além do que antes seria considerado como pertencendo ao sistema solar, considerado um planeta anão.
Além disto, em 2006 foi descoberto mais um planeta anão entre Plutão e Éris, nomeado como Ceres, localizado em um cinturão de asteróides e, por isto, antes não localizado.
Ainda em 2006, mais um planeta anão foi descoberto entre Plutão e Ceres, chamado Makemake.
E em 2008 um novo planeta não foi reconhecido como tal, apesar de ter sido descoberto em 2004, trata-se de Haumea, que fica entre Plutão e Makemake.
Assim, atualmente, o sistema solar teria treze planetas e suspeitasse da possibilidade da existência de um décimo quarto planeta, no caso em orbita vertical ao sol, descoberto em 2011.
A formação do planeta Terra.
Estima-se que o planeta Terra tenha se formado há cerca de 4 bilhões de anos, propiciando um ambiente que originou vida na forma de moléculas auto-replicadoras há cerca de 1 bilhão de anos.








Estas ultimas, depois, transformadas em organismos multicelulares e formas de vida mais complexas como plantas e animais na chamada expansão Cambriana há 530 milhões de anos.
Acompanhando a evolução do planeta e da vida, existem teorias que defendem a hipótese de que a Terra teria passado por cinco extinções em massa, a ultima ocorrida há 65 milhões de anos, responsável pela extinção dos dinossauros devido ao impacto de um asteróide.
O único satélite natural da Terra, a lua, segundo algumas hipóteses teria evitado outras extinções, funcionando como um escudo contra o impacto de corpos celestes.
Alias, segundo a teoria mais aceita, a lua foi formada quando um objeto do tamanho de Marte se chocou com a Terra.
Segundo esta hipótese, parte deste objeto teria se fundido com a terra e parte se desprendido, formando a lua, situada a cerca de 384 mil km de distância da terra, com 1/4 de seu tamanho e 1/6  de sua gravidade.
A origem do termo Terra vem a partir dos gregos na antiguidade.
Dominando a astronomia, identificaram os planetas então observáveis com deuses, tal como Hades ou Hermes.
O nosso planeta representava para eles Gaia, deusa da fertilidade, nome transformado em terra pelos romanos, termo que em latim tinha o mesmo significado atual de solo.
Os romanos foram os primeiros a registrar o termo planeta terra em textos que versavam sobre astronomia, fazendo referencia aos habitantes do planeta Terra.
Herdeiros da cultura grega, eles também renomearam os outros planetas, latinizando os nomes em grego dos deuses, tal como Vênus e Marte.
De qualquer forma, é interessante ressaltar que o planeta Terra é o terceiro mais próximo do sol e o quinto maior, com uma área de 510 milhões de kilometros quadrados temperatura que varia de -89 graus Celsius até 57 graus positivos.
A maior parte do planeta é composta por água, 70%, dividida e cinco oceanos (Pacifico, Atlântico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico).
A parte terrestre é dividida em quatro continentes físicos (Antártida, América, Austrália e Eurafrásia – União da Europa, África e Ásia); e seis continentes políticos (América, África, Ásia, Europa, Oceania e Antártida).
No inicio da formação do planeta estes continentes estariam unidos em uma única massa de terra, chamada Pangeia (do grego pan = inteiro + gea que vem de gaia), cercada por um único oceano, nomeado Pantalassa (do grego pan + talasso = mar).
Uma teoria desenvolvida, no inicio do século XX, pelo meteorologista alemão Afred Wegener, embora somente confirmada dez anos após sua morte, em 1940.
Esta massa teria começado a se afastar há cerca de 200 milhões de anos, devido ao efeito das placas tectônicas, blocos da superfície da crosta terrestre (atualmente são conhecidos 52), que se movimentam conforme a pressão interna do planeta, causando terremotos e erupções vulcânicas.
Alias, a liberação de vapor de água pelos vulcões foi responsável pela formação da atmosfera terrestre.
A primeira atmosfera era composta, principalmente, por hélio e hidrogênio, quando o calor provinha da crosta em forma de plasma.
Há 3 bilhões de anos a superfície do planeta esfriou, formando uma crosta endurecida repleta de vulcões que liberaram vapor de água, dióxio de carbono e amoníaco.
Este ambiente criou a segunda atmosfera, composta, sobretudo, por dióxio de carbono, vapor de água, amônia, metano e óxidos de enxofre.
Este componentes geraram um efeito estufa que impediu a Terra de esfriar durante 2 bilhões de anos.
Posteriormente, o vapor de água condensou formando chuvas que compuseram os oceanos, dissolvendo o dióxio de carbono, transformado em combustíveis fósseis e rochas sedimentares.
Foi somente então que surgiu a terceira atmosfera, a atual, composta, principalmente, por nitrogênio e oxigênio.
Quando a existência de vida na Terra se tornou finalmente possível, propiciando o aparecimento de animais e vegetais, inicialmente nos mares e depois na porção terrestre.
Concluindo.
Uma observação rápida de características gerais acerca da formação do universo e do planeta Terra, mesmo que básica e condensada, mostra como o equilíbrio da vida é precário.
Sendo assim, será que os seres humanos sobreviveram à evolução natural de nosso planeta e do universo?
Portanto, diante de nossa pequenez, não seria o caso de revermos nossas atitudes e a forma como lidamos com o outro?
Questões que precisam ser respondidas se quisermos fazer a diferença em nossa breve passagem por este mundo.
ORG. Reg!s
Fonte : http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/08/formacao-do-planeta-terra-e.html

        RESUMINDO EM  ERAS GEOLÓGICAs

Há cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Através de pesquisas das rochas e dos fósseis, cientistas estimam que a Terra tenha aproximadamente 4 bilhões de anos, durante todo esse período ela passou por grandes transformações, processo classificado como eras geológicas. As diferentes eras geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo, divididos em períodos. A alternância das eras geológicas foi estabelecida através de alterações significativas na crosta terrestre, sendo, portanto, classificadas em cinco eras geológicas distintas: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas magmáticas, nos quais encontramos as mais antigas formações de relevo. Esse período teve início a, aproximadamente, 4 bilhões de anos atrás.
Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície, originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Na era geológica do Proterozoico ocorreu grande acúmulo de oxigênio na atmosfera. Também ficou caracterizada pelo surgimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas.
Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás. Nesse período a superfície terrestre passou por grandes transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era geológica também se caracteriza mpela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas, glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis.

Os dinossauros surgiram na era Mesozoica

Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia, surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, o dinossauro, surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas plantas.
Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário (aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e Quaternário (1 milhão de anos atrás).
- Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre, fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves, várias espécies de mamíferos, além de primatas.
- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e oceanos; surgimento do homem.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

EXERCÍCIOS  PARA  ...  ( MAS ...  SO PARA OS BONS !!! ) 

  • Questão 1
    Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que NÃO é uma das Eras Geológicas:
    a) Cenozoica
    b) Arqueozoica
    c) Litozoica
    d) Proterozoica
    e) Paleozoica

  • Questão 2
    Foi na mesma era, a ________________, que ocorreu o surgimento dos atuais continentes e da espécie humana, porém em períodos diferentes. A fragmentação das terras emersas, tais quais nós as conhecemos agora, formaram-se no período _______________, há 71 milhões de anos, enquanto os primeiros humanos surgiram somente no ______________, há cerca de 1 milhão de anos.
    A alternativa que apresenta os termos que completam corretamente as lacunas do texto é:
    a) Cenozoica, Terciário e Quaternário
    b) Paleozoica, Primitivo e Cambriano
    c) Primitiva, Arqueozoico e Secundário
    d) Paleozoica, Terciário e Quaternário
    e) Cenozoica, Permiano, Carbonífero.

  • Questão 3
    Observe e responda:


    Por que a imagem acima é incoerente?
    a) Em tempos pré-históricos, os homens não caçavam répteis.
    b) Os dinossauros não eram presas fáceis para os humanos e dificilmente eram capturados.
    c) Os seres humanos surgiram no período quaternário da era Cenozoica, quando os dinossauros já haviam sido extintos.
    d) Quando os dinossauros surgiram, no terciário, os seres humanos não viviam mais da caça, e sim da agricultura.
    e) Os dinossauros viveram na era Paleozoica e os seres humanos na era primária em diante, que são períodos geológicos distintos.


  • Questão 4
    Leia o texto abaixo e assinale o que for correto.
    Já em 1620, o inglês Sir Francis Bacon registrava a similaridade entre o contorno litorâneo da África ocidental e o do leste da América do Sul. Mas apenas em 1912, o geólogo alemão Alfred Wegener formulou a hipótese da deriva continental, baseando-se em algumas evidências fósseis e semelhanças entre as estruturas de relevo.
    (MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. São Paulo: Atual, 2008.p.30.)
    O texto refere-se à hipótese, mais tarde comprovada, da deriva continental, que consiste:
    a) na transformação dos continentes a partir da ação erosiva das águas dos mares e dos oceanos.
    b) na teoria de que um dia os continentes formaram um único conjunto de terras emersas, denominado “Pangeia”.
    c) na teoria de que a Terra é um sistema estático e que a posição atual dos continentes evidencia esse fato.
    d) no postulado de que as placas tectônicas encontram-se em constante movimento, que será responsável por unir todos os continentes daqui a alguns milhões de anos.
    e) na junção de ilhas oceânicas que, após milhões de anos, deu origem aos continentes.

  • Questão 5
    (UEM)  Sobre o planeta Terra, sua idade e evolução, assinale o que for correto.
    1. (  ) A Terra se originou há, aproximadamente, 9,6 bilhões de anos, juntamente ao início da formação do universo. As primeiras formas de vida na Terra surgiram na Era Mesozoica. Atualmente, encontramo-nos na Era Paleozoica, no período Cretáceo.
    2. (  ) O método de datação realizado a partir do carbono quatorze (C14), que é um elemento radioativo absorvido pelos seres vivos, é muito utilizado para a investigação da idade de achados arqueológicos mais recentes, de origem orgânica, pois sua meia-vida é de 5.700 anos.
    3. ( ) O tempo geológico é dividido em Éons, Eras, Períodos e Épocas. A sua sistematização cronológica é conhecida como escala de tempo geológico. A partir dessa sistematização, foi possível estabelecer uma sucessão de eventos desde o presente até a formação da Terra.  
    4. (  ) A deriva dos continentes iniciou-se na Era Cenozoica, por volta de 100 mil anos atrás, quando só existia um único continente chamado de Gondwana. Posteriormente, no Holoceno, esse continente se dividiu em cinco outros continentes, chegando à configuração atual.




Respostas


  • Resposta Questão 1
    As cinco eras geológicas são, respectivamente: Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Portanto, não existe a era “Litozoica”.
    Letra C.

  • Resposta Questão 2
    Tanto os continentes quanto os homens surgiram na era Cenozoica, porém os continentes formaram-se no período terciário, e os homens surgiram no quaternário.
    Letra A.
  • Resposta Questão 3
    A imagem é incoerente porque os seres humanos surgiram no períodoquaternário da era Cenozoica, enquanto os dinossauros foram extintos uma era antes, na Mesozoica, durante o período Cretáceo.
  • Resposta Questão 4
    A teoria da deriva continental preconiza que, durante as eras Mesozoica e Cenozoica, as terras emersas, que até então se encontravam unidas em um só continente – Pangeia, dividiram-se em outros continentes. Primeiramente, foram formadas a Laurásia e a Gondwana, que também se fragmentaram.
    Portanto, letra B.

  • Resposta Questão 5
    1. Falso – As primeiras formas de vida da Terra, na verdade, surgiram na era Proterozoica. Atualmente nos encontramos no período Quaternário da era Cenozoica.
    2. Verdadeiro – A datação pelo carbono quatorze é uma das principais técnicas de mensuração da idade da Terra e dos fenômenos que nela ocorreram.
    3. Verdadeiro – Os dois éons (Pré-Cambriano e Fanerozoico dividem-se em seis eras, que se dividem em 11 períodos. Os dois últimos períodos (quaternário e terciário) dividem-se em 7 épocas.
    4. Falso – A deriva dos continentes iniciou-se na Era Mesozoica, há cerca de 130 milhões de anos, quando existia apenas um continente, que se chamavaPangeia. A formação dos atuais cinco continentes ocorreu no período terciário da Era Cenozoica
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